Pedrada hiponga: nem precisa gostar de hip hop pra grudar o olho no luzedo do vestido da Da Luz; nem precisa gostar de samplers pra curar o ouvido no que fazem os Marginals com sax, bateria e baixo acústico.
Seguindo no groove, saindo do chão direto pro Céu - o céu mais envenenado de malemolência é um inferno paradisíaco de música. Salve nossa senhora.
Quanta coisa acontece nos banheiros deste mundo. E antes que tu esqueça: sorte dos cavalos que deitam pra comer na sombra. Groove à la Letuce.
E pra não dizer que só falei de flores brasileiras, aceite a provocação insinuante e sinuosa do Portico Quartet. O texto a seguir é do Evangelista:
O instrumento é um hang, suíço, inventado em 2000, originalmente percussivo, mas usado aqui com forte intenção melódica, com uma sonoridade entre uma guitarra celestial, o piano-de-dedão africano Mbira, a delicadeza da uma celeste, uma marimba metálica circular. Baixo acústico forte e econômico, bateria jazzística espaçada e sax soprano cheio de climas, sugerindo melodias, completam o som do quarteto, bem jovem, de Londres, dois álbuns lançados em anos recentes. // Jack Wyllie no sax, Nick Mulvey no hang, Milo Fitzpatrick no baixo, Duncan Bellamy na bateria formam o Portico Quartet, jazz moderno a definição básica, "pós-jazz" já sugeriram os jornalistas indie, "world music do futuro" diz a bio. Certo clima de jazz europeu, com toques orientais, mas próximo do universo de grooves da, digamos, Cinematic Orchestra, com uma pegada não muito distante, talvez, do Marginals, e sensibilidade prima, quem sabe, do À Deriva. // Vídeo acima, gravação da faixa "Line", do álbum Isla.
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